Em Vitoria da Conquista(BA) vive uma grande fogueira santa. De um lado um pastor local. Do outro uma igreja evangélica Batista da Graça e no meio deste jogo de conflitos um jovem adolescente que segundo os fatos é homossexual. O pastor baiano Sérgio Emílio Meira Santos, no dia 2 de janeiro, recebeu a notícia de que fora demitido da função de presidir os cultos na Igreja.O motivo segundo o Ministério da instituição relata a falta das funções Pastorais como: Visitas aos fieis já idosos.Mas como toda fogueira precisa de lenhas para aumentar membros informaram ao pastor Sergio que o motivo de sua demissão era a presença de um adolescente homossexual tocando o teclado nos cultos da igreja.Revoltado o pastor ( Sergio) e o pai do adolescente procuraram a Delegacia para prestar queixa contra o Conselho Administrativo pela pratica de homofobia aplicada ao jovem tecladista.
Sérgio afirmou à delegada Carla Rodrigues que a sexualidade do rapaz foi discutida abertamente durante um culto pela vice-presidente do Conselho Administrativo da igreja, Helita Figueira. Na ocasião, Helita( Vice-presidente do conselho) afirmou estar insatisfeita com o fato de um homossexual frequentar a igreja.
O pastor ainda relata que sua demissão foi feita de maneira impessoal e irregular, com um comunicado entregue anonimamente: “No dia 2 de janeiro, sem comunicação aos membros da igreja, que é dirigida pela sua assembleia geral, um táxi, de forma anônima, entregou a carta ao meu pai, que não é uma pessoa evangélica. No decorrer dessa balbúrdia, descobrimos que um dos assuntos tratados na reunião da vice-presidente do Conselho Administrativo (Helita Figueira) é que eu não tinha condições de continuar como pastor uma vez que coloquei um homossexual tocando teclado”, relata o pastor Sérgio Emílio Meira Santos.
Graduado em História e Filosofia, Sérgio se define como “cabeça aberta” e diz que jamais toleraria o preconceito dentro da Igreja. Em julho de 2011, ele chegou a organizar um evento na Igreja sobre homoafetividade, que teve a presença de mais de 30 gays, segundo ele. “Minha luta é uma lição pedagógica, para que respeitem as pessoas nos cultos, contra todos os tipos de preconceito”.
Já o Conselho Administrativo que representa toda igreja se defende dizendo que infundada as afirmações do pastor Sérgio que a tempos a igreja não estava satisfeita com sua conduta por motivos que preferem não tornar público."A acusação é leviana e mentirosa.Queremos que todas as pessoas compareçam à Igreja. Não há qualquer tipo de restrição”, diz a igreja não sabe explicar porque o pai do tecladista aderiu à suposta vingança, indo até a delegacia denunciar preconceito contra o filho. “Nunca houve intimidação. Se o pai do rapaz quis acompanhar ele (Sérgio) não sei o porquê”.
O pai do tecladista, Carlos André da Silva, disse ter convicção de que o filho sofre, de fato, preconceito. Ele revelou que o garoto contou ser homossexual há dois anos e sempre foi respeitado em casa. Disse ainda que a relação da família com a religião não muda pelo preconceito. “Quero continuar freqüentando a igreja. Eu quero que meu filho seja ganho para Cristo, seja ganho para o senhor. Não quero que ele seja um jogado aí na rua, desprezado pelo fato de ser um homossexual. A minha esposa, especialmente, ficou muito triste, porque Deus nos ensina a amar independente de qualquer circunstância, não desprezar alguém por conta de sua opção sexual”.
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