O tema deste ano foi inspirado no livro " Tenda dos Milagres " de Jorge Amado
Depois de muita calmaria do quebra quebra que ocorreu no local de apuração dos votos. A Mocidade Alegre é a campeã do Carnaval 2012 de São Paulo. A confirmação foi dada pelo presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Paulo Sérgio Ferreira, no final da noite desta terça-feira (21), após uma longa reunião entre ele e os presidentes da SPTuris (São Paulo do Turismo) e das escolas do grupo especial. Anteriormente, a organização do Carnaval chegou a informar que o resultado não sairia nesta terça-feira.Em segundo lugar, ficou a Rosas de Ouro, seguida pela Vai-Vai, Mancha Verde e Unidos de Vila Maria. Desceram para o grupo de acesso a Pérola Negra e a Camisa Verde e Branco. Segundo Serginho, a classificação das escolas foi feita a partir de uma média aritméticas das notas que tinham sido divulgadas antes da suspensão da apuração, todas foram arredondadas para cima. Ainda de acordo com o presidente da Liga, sete escolas foram a favor da decisão e cinco votaram contra.Mocidade Alegre foi a terceira escola a entrar no Anhembi, às 01h15, na madrugada deste domingo (19). O enredo, criado pelo carnavalesco Sidnei França, foi baseado no livro "Tenda dos Milagres", de Jorge Amado. O desfile é uma homenagem ao centenário do escritor baiano. O desfile foi uma exaltação à Bahia, exibindo os blocos, afoxés e o sincretismo religioso, até hoje forte na cultura do estado. O enredo sobre Xangô e outros orixás do candomblé surpreendeu ao trazer as cores vivas para a avenida, o que já virou marca da agremiação, no lugar da palha e do visual primitivo. A ala das baianas teve cores, dourado e prata, representando a procissão de nossa senhora da conceição e a lavagem da escadaria da igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Foto: Marcos Ribolli
Todo desfile foi uma viagem por uma infinidade de nomes de origens afros da cultura do Candomblé. A comissão de frente representou os Obás, os guardiões da justiça. Já o abre-alas mostrou a evocação a Xangô, o orixá da justiça. Isso acontece porque o livro “Tenda dos Milagres” mostra a repressão da elite branca aos rituais religiosos dos negros.
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